EFEMÉRIDES – Dia 22 de Abril
Torben Nielsen (1918 -1985)
Nasce em Vedslet Parish, Jutlândia, Dinamarca. A experiência adquirida durante 26 anos como oficial de polícia confere à sua narrativa policiária uma perspectiva realista e um tom de credibilidade. Publica o primeiro livro em 1971, TilfLisa Kjeldsen (O Caso de Lisa Kjeldsen, em tradução literal); em 1973 recebe o Poe Club
Berenicepris, distinção para o melhor romance policiário dinamarquês, com (Dezanove Rosas Vermelhas em tradução literal), que é adaptado ao cinema. Destaque ainda para Galgesangen (1971) editado em 1976 com o título inglês An Unsuccessful Man ou A Gallowsbird's Song.
Janet Evanovich (1943)
Janet Schneider Evanovich nasce em South River, New Jersey, EUA. Começa a escrever na década de 70 sob o pseudónimo Steffie Hall sem ter grande êxito. Opta por se dedicar à literatura policiária. Cria a personagem Stephanie Plum, uma caçadora de prémios de New Jersey, que se estreia em One For the Money (1994) e conta já com 16 títulos publicados. A escritora tem sido galardoada com vários prémios. O livro One for the Money recebe em 1995 o John Creasey (New Blood) Award (Crime Writers Association-CWA) e o Dilys Award (Independent Mystery Booksellers Association). Em 1996 Two For The Dough o prémio The Last Laugh (CWA), que distingue o melhor romance de crime e humor. Em 1998 Three to Get Deadly é premiado com o Silver Dagger (CWA), com o Left Coast Crime Lefty e com outro Dilys Award. Os livros e High Five e Hot Six são nomeados respectivamente para o Antony Award e para o Dylis Award. Em Portugal estão editados:
1 – Dinheiro Sujo (2002), Nº45, Colecção O Fio da Navalha, Editorial Presença. Título Original: High Five (1999). 5º Livro da série Stephanie Plum
2 – A Vida Por Um Fio (2002), Nº49, Colecção O Fio da Navalha, Editorial Presença. Título Original: Hot Six (2000) 6º Livro da série Stephanie Plum
1994 TROFÉU REPÓRTER X
Semana Franco-Portuguesa do Romance Policial e do Filme Negro
Numa homenagem ao genial jornalista e escritor que foi REINALDO FERREIRA, a A.P.P. decidiu instituir o troféu Repórter X, destinado a premiar o melhor romance policial em língua portuguesa, editado no decorrer dos dois anos anteriores ao da atribuição do troféu. Atribuído pela primeira vez em 1992 a Henrique Nicolau, por "Todos e Nenhum", editado na colecção Caminho de Bolso da Editorial Caminho, o troféu de 1994 foi atribuído a "AS DUAS AGUAS DO MAR", editado pela Asa, da autoria de FRANCISCO JOSÉ V1EGAS, tendo a cerimonia tido lugar no passado dia 22 de Abril, no decorrer do colóquio de encerramento, no Centro Cultural Malaposta, da. Relembramos os outros candidatos: “Autópsia de um Desatino”, “O Meu Nome Já se Foi”, e “A Alpista do Canário”, de Henrique Nicolau; “A Rosa Vermelha de Sófia” e “Amanhã?”de Manuel Grilo; “A Cidade Fantasma”, de Ana Teresa Pereira; “Fina Flor”, de Modesto Navarro; “Morta em Vila Viçosa”, de Orlando Neves; “Um Túmulo para Nicodemo”, de F.C. Melim; “Rusty Brown em Lisboa” e “Rusty Brown e a Factura da Mafia” de Rusty Brown; e “O Assassínio de Herbert Hutton” de James A. Marcus.
TEMA — FICÇÃO CIENTÍFICA — VIAGENS NO TEMPO (1)
De Victor Dimas
Como muitos outros temas da ficção científica, as viagens no tempo têm algo que ver com H.G. Wells. The Time Machine é a primeira destas viagens na história da Ficção científica moderna, se bem que em narrações não do género já tivessem anteriormente sido afloradas.
Viajar no tempo significa sair do presente e:
1 - Alcançar o passado
Exemplificando em: Lest Darkness Fall de Sprague de Camp, onde as duras tarefas consistem em alterar o passado de modo a obter um futuro melhor; em The Star Rover, de Jack London, o personagem vive as próprias vidas anteriores; The Sound of a Voice That is Still, de Archie Campbell, do presente vai-se às origens ou, como em The Discarded Veil de Arthur J. Burks, à Era Glacial; em The Sands of Time, de P.Schuyler Miller, o herói é projectado a sessenta milhões de anos do passado e depara com uma invasão de extraterrestres na pré-história de terra; etc. etc.
2 - Transportar-se ao futuro
Com destaque entre outros, para as obras de John Taine com The Time Stream, John Russel Fearn, com The Liners of Time, e The Legion of Time, de Jack Williamson, ou The Seesaw, de A.E. Van Vogt, no qual um jornalista é transportado ao provir e fica prisioneiro do movimento pendular do tempo: ora é projectado ao passado, ora ao futuro, e vê nascer e morrer a terra.
3 – Ir do passado ao presente
Assim é em The Hour-Glass, de Robert Barr e The Gost, de A.E. Van Vogt, em que os viajantes acabam por ser considerados verdadeiros fantasmas; em The Window, de Bertram Chandler, o fenómeno é cientificamente explicado;
4 - Do futuro ao presente
Curiosamente a opção mais tentada na temática, do que são testemunhas The Time Raider de Edmond Hamilton, no qual o inventor do sistema vem ao presente em busca de um exército aguerrido; em The Marathon Photograph de Clifford Simak, em que o personagem vem ao presente procurar um produto perdido no passado; em Worlds to Baster de John Wyndham, os nossos descendentes do futuro deslocam-se ao presente em busca de população para repovoar e manter o planeta em riscos de se perder.
Viajar no tempo é um dos instrumentos de especulação mais versáteis da ficção científica, prestando-se a hipóteses como a de "que sucederia se retrocedesse no tempo, matasse meu avô antes de produzir meu pai?"
Viajar no tempo significa estar sujeito a tentações de alterar os factos passados, transformando o presente e dar nova feição ao futuro…
Modificar a história do mundo é uma irresistível atracção
Que sucederia se nos encontrássemos em certo ponto em dado momento e pudéssemos impedir a concretização de determinado incidente de cujos efeitos conhecemos as consequências?
TEMA — FICÇÃO CIENTÍFICA — LITERATURA: VIAGENS NO TEMPO (2)
As mais antigas histórias de Ficção Científica sobre viagens no tempo não propõem nenhuma explicação mais ou menos científicas, pela qual se possa viajar no tempo, caso de três narrativas Rip Van Winkle (1819) de Washington Irving e A Connecticut Yankee in King Arthur’s Court (1889) e Dix Mille Ans Dans Un Bloc de Glace (1890), respectivamente de Mark Twain e Louis Boussenard; H. G. Well em Time Machine (1895) apresenta uma máquina cientificamente preparada. A partir deste, mais em relação às viagens ao passado, já que em relação ao futuro há um entendimento razoável — de que não se pode ir a um lugar que ainda não existe, ainda que esse lugar futuro se apresente de interesse (curiosidade).
Podemos ler, entre outras, pois jamais seríamos exaustivos, um punhado de narrativas da temática em causa.
Around a Distant Star (1904) de John Delaire
The Time Reflector (1905), de George A. England
Darkness And Dawn (1912) de George A. England
The Runaway Skyscraper (1919) de Murray Leinster
The Door Into Summer (1927) de Robert A. Heinlein
Armageddon 2419 A.D. (1928) de Philip F. Nowlan
The Time Ray of Jandra (1930) de Ray Palmer t
The Fitzgerald Contraction (1930) de Miles J. Breuer
Return to Tomorrow (1930) de L. Ron Hubbard
The Moon Era (1932) de Jack Williamson
Ancestral Voices (1933) Nat Schachner
Twilight (1934) John W. Campbell,
Past, Present, and Future (1934) de Nat Schachner
The Sands of Time (1937) de P.Schuyler Miller
When The Future Dies (1939) de Nat Schachner
Vintage Season (1946) de CL Moore
The Little Black Bag (1950) de C. M.Kornbluth
A Thief in Time (1954) de Robert Sheckley
The Discovery of Morniel (1955) de William Tenn
The End of Eternity (1955) de Isaac Asimov
A Gun for Dinosaur (1956) de L. Sprague de Camp
Water - Spider (1957) Philip K. Dick
The Deaths of Ben Baxter (1957) de Robert Sheckley
Guardians of Time (1960) de Poul Anderson's
Dinosaur Beach (1970) de Keith Laumer
M. Constantino
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