Efemérides 8 de Dezembro
Josephine Bell (1897 – 1987)
Doris Bell Collier nasce em Manchester, Inglaterra. Doris Bell Ball — após o casamento — é médica e escritora de policiários, sob o pseudónimo Josephine Bell. O seu primeiro livro Death On The Borough Council é publicado em 1937 e seguem-se mais 44 romances de mistério / detective; os seus principais personagens são: Sir Henry Frost, Inspector Steven Mitchell, Amy Tupper, Claude Warrington-Reeve e Dr. David Wintringham. Publica ainda o livro de não ficção Crime In Our Time (1963). É uma das fundadoras da Crime Writers Association, que preside em 1959-60.
TEMA — ARQUIVOS DA SCOTLAND YARD — TRAÍDO PELA PALAVRA
Repórter especializado em investigações policiais em Inglaterra, Mark Priestley extraiu dos arquivos da Scotland Yard alguns crimes particularmente misteriosos.
Voltando seu trabalho, um homem passava tranquilamente por um terreno baldio perto de Bornemouth, na costa sul da Inglaterra, quando o seu olhar foi atraído pelo espetáculo de três vacas que pareciam cheirar um objecto que estava no chão. Aproximou-se e por, pouco não desmaiou.
O que restava do corpo era horrível; as vestes rasgadas somente deixavam aparecer chagas tumefactas e os membros terrivelmente mutilados.
Tinha chovido na véspera, à noite, mas por pouco tempo, e todas as marcas em volta do cadáver haviam ficado nitidamente marcadas ao chão. A chuva parara às8.20 horas. Como as roupas da jovem estavam molhadas, deduziu-se que o crime fora cometido antes dessa hora.
Não tardou muito que os peritos da Scotland Yard começassem as investigações.
Um carro havia parado por momentos na estrada. Os vestígios deixados pelos pneus, cuja marca foi logo determinada, revelaram que se tratava de um camião. A pista sangrenta permitia reconstituir a cena. Já morta, a jovem fora transportada no camião e depois atirada no terreno baldio, através da cerca. Não muito longe dali foi encontrado o seu chapéu de feltro.
Não tardou que a Scotland Yard estabelecesse a identidade da vítima. Tratava-se de uma cozinheira de Streaham. Tendo feito publicar no “Morning Post” um pedido de emprego, recebera um telegrama em resposta, convidando-a a ir a Bornemouth.
Shad Garret, superintendente da Scotland Yard, procurou logo no Departamento dos Correios e Telégrafos, as fórmulas originais dos telegramas e encontrou facilmente a fórmula escrita pelas mãos do assassino. O documento assinado por Wood, de Beach House, convocava a anunciante para as 4.30. Na estacão de Bornemouth ela encontraria uma condução à sua espera.
Mas o nome e o endereço eram fictícios. Assim o desconhecido poderia sempre fugir. Os pneus mudam-se facilmente e uma caligrafia pode muito bem ser intencionalmente deformada.
O interrogatório da empregada do telégrafo que havia registrado o telegrama nada esclareceu, a não ser que ela se lembrava de ter feito uma pergunta ao expedidor sobre o termo “condução à espera”. O homem havia repetido a frase inteira com uma voz brusca e rouca.
Um facto que por pouco não passou de um documento pitoresco e sem nenhum valor foi a má ortografia do assassino. Escreveu “Bournemouth” em vez de “Bornemouth” e “dispeza” em vez de “despesa”.
A Scotland Yard não deixou de interrogar viajantes, motoristas de táxis, jornaleiros, empregados de agências postais e preceptores, reunindo cerca de 20000 documentos.
A solução deste mistério oferece um belo exemplo da verificação de uma dedução simples pelo trabalho de investigação. Se o assassino tivesse visado directamente Irene Wilkins, não teria podido planear, como o fez, a morte da jovem, pois seria muita coincidência ter ela tido a ideia funesta de pedir emprego pelo “Morning Post” e ele ter lido o anúncio. Parecia, pois, que o assassino escolhera ao acaso uma jovem que fizera publicar um anúncio pedindo emprego. Era portanto provável que o assassino não tivesse feito apenas uma vítima, mas várias, que convocava com seus telegramas, depois de as escolher entre quem procurava trabalho por meio de anúncio. Tratava-se portanto de um sádico que imaginara esse processo fértil e prudente.
Encontraram-se, com efeito, vários telegramas semelhantes expedidos anteriormente e que chamavam a Bornemouth as jovens que procuravam trabalho. A fórmula “condução à espera” era sempre a mesma. Todos continham a mesma falha ortográfica: “Bournemouth por Bornemouth”, e “dispeza por despesa”.
A menos que se suponha que essas falhas fossem intencionais da parte de um assassino particularme-te hábil (o que teria sido bem supérfluo), tratava-se de um homem de pouca instrução com a responsabilidade de conduzir um carro grande, possivelmente um chofer de camião.
Mais de sessenta motoristas foram interrogados. Todos apresentaram álibis. Foram submetidos a provas de ditados; compararam suas caligrafias com outros documentos que possuíam, examinaram os carros que eles dirigiam e fizeram a acareação de cada um deles com a empregada do telégrafo. As caligrafias e a ortografia não correspondiam às do assassino. Nenhum carro possuía pneus da marca constatada no local do crime e a empregada do telégrafo não reconheceu nenhum dos motoristas que lhe foram apresentados.
A paciência dos investigadores foi recompensada. Entre os choferes interrogados, somente um possuía um álibi imperfeito Tratava-se de Thomas Henri Allovvay, que declarou ter assistido a uma demonstração em que apareciam dois determinados actores. Ora, esses actores sempre fizeram sua aparição duas horas mais tarde. Mas esse indício estava longe de ser suficiente. Os pneus do carro de Alloway não eram da marca procurada. Sua ortografia era correcta e sua letra diferente da do telegrama. Além de tudo isso, Alloway mandava sempre a chave da garagem ao seu patrão, depois de ter guardado o carro. Na noite do crime, entregara a chave às 18 horas.
Com os elementos contidos nos 20000 documentos reunidos para este caso, a Scotland Yard teria descoberto o assassino com toda a certeza. Mas a descoberta antecipou-se. Um facto fez com que se desse um grande passo para a solução do caso. A honra coube a Miss Waters, a empregada do telégrafo, o, e seu notável senso de observação. Muitas semanas depois do crime, que apaixonara a opinião pública, um homem entrou no Departamento dos Correios para registrar um embrulho. Deu algumas instruções pelo guichet e miss Waters sentiu de repente o sangue gelar. Sem perder a cabeça e pedindo ao expedidor que esperasse um momento, conseguiu sussurrar a um de seus colegas, sem ser ouvida pelo homem que esperava no guichet: — Eu reconheço esta voz, é a do homem que enviou o telegrama.
Quando o homem saiu, entrando para um camião cinza, não notou que um polícia tomara nota do número da matrícula: LK 7405.
O camião era do patrão de Alloway e o homem cuja voz miss Waters reconhecera era Thomas Henri Alloway, que tinha mudado o corte de cabelo e o estilo das roupas que usava, para não ter a mesma aparência.
O testemunho de miss Waters e o álibi imperfeito do chofer não eram, no entanto, suficientes para que o suspeite fosse preso. Mas Alloway foi chamado novamente à Scotland Yard.
Sentindo que as suspeitas dos detectives caiam sobre ele, Alloway entrou em pânico. Roubou uma caderneta de cheques e, emitindo vários cheques, imitando a assinatura de seu patrão, fugiu.
A Yard não se incomodou muito com essa fuga. Já descobrira o assassino e, quando tivesse reunido as provas suficientes para o prender, seria fácil encontra-lo.
O novo aspecto que tomou o caso permitiu às testemunhas que se lembrassem de factos que tinham passado despercebidos.
Um chofer de táxi, por exemplo, tinha visto AIIoway trocar os pneus do carro do patrão, mas isso era um facto tão banal, que não lhe dera maior importância.
Um viajante lembrava-se de ter visto o carro na estação de Bornemouth. Um pé-de-vento espalhara os jornais do jornaleiro da estação e um homem ajudara-o a recolhê-los; reconheceu AIIoway quando lhe mostraram vários retratos. Da mesma forma, reconheceu a vítima, que se encontrava no carro.
Fazendo uma busca no apartamento de Alloway, os investigadores da Scotland Yard encontraram a solução dos últimos pontos obscuros, descobrindo uma cópia da chave da garagem, e, nos papéis do chofer elementos grafológicos que se encontravam na caligrafia do telegrama.
Alloway foi preso em Leading, onde se havia refugiado Durante o seu processo foi-lhe pedido que soletrasse varias palavras. Soletrou correctamente; tivera tempo de aprender ortografia! Traiu-se, no entanto, numa palavra: “PIeasant”, que sole-trou “plesent”.
Uma mulher que ainda vive na Inglaterra nunca deixa de agradecer aos céus, todas as manhãs, pelo atraso do comboio de Waterloo-Bornemouth, que a levou uma noite, com dez minutos de atraso, à estação de Bornemouth. Ela procurava emprego e havia recebido telegrama, depois de ter colocado um anúncio no “Morning Post”. Mas, chegando atrasada, não encontrara na estação o carro que deveria conduzi-la e voltara desapontada. O rumor feito em torno do caso Irene Wilkins mostrara-lhe de que sorte trágica ela tinha escapado!
TEMA — CONTO POLICIÁRIO DE PIERRE BOILEAU — SEM MÓBIL À VISTA
René Valmour aguardava pacientemente atrás do rochedo. A estrada que atravessava o bosque de Fontainebleau estava deserta. A noite tombava rapidamente, escura e agreste, como todas as de Inverno. René Valmour quase não conseguia distinguir a longa faixa rodoviária através das árvores, que os faróis do automóvel não tardariam em inundar de luz. Nesse momento, ele abandonaria o esconderijo e expor-se-ia no solo pedregoso, onde as suas pegadas não ficariam registadas. Os dedos enluvados apertaram a coronha da arma do crime, o revólver pertencente à futura vítima, Francis Mugal, seu primo.
René Valmour aguardava pacientemente atrás do rochedo. A estrada que atravessava o bosque de Fontainebleau estava deserta. A noite tombava rapidamente, escura e agreste, como todas as de Inverno. René Valmour quase não conseguia distinguir a longa faixa rodoviária através das árvores, que os faróis do automóvel não tardariam em inundar de luz. Nesse momento, ele abandonaria o esconderijo e expor-se-ia no solo pedregoso, onde as suas pegadas não ficariam registadas. Os dedos enluvados apertaram a coronha da arma do crime, o revólver pertencente à futura vítima, Francis Mugal, seu primo.
René era um homem honesto, que não se decidira a cometer um crime sem resistir fortemente a semelhante recurso. Mas, de que outra forma conseguiria libertar Jacqueline do marido indesejável?
Se pudesse persuadi-la a fugir com ele…
Não se podia afirmar que não tentara fazê-lo.
— Partiremos para longe. Levar-te-ei para os confins do mundo e viveremos num lugar remoto, onde ele nunca nos descobrirá.
Porém ela ergueu os belos olhos azuis repletos de angústia.
— Francis encontrar-nos-ia, onde quer que nos escondêssemos. Quando menos o esperássemos, apresentar-se-ia…
Interrompeu-se, estendendo as mãos à sua frente, como se pretendesse repelir uma visão assustadora.
— Onde obteria ele meios para custear a viagem? É necessário muito dinheiro para efectuar uma deslocação dessa natureza. Quem lho forneceria? Por certo não contaria com o avô Vítor?
Jacqueline meneou a cabeça emoldurada por sedosos cabelos louros.
— Ignoras como Francis pode tornar-se violento. Não existe obstáculo algum que ele não ultrapassasse, movido pelo amor… ou ódio. Imagina a nossa vida, permanentemente perturbada pela ameaça da sua aparição. — Fez uma pausa, o corpo sacudido por fortes soluços.— Meu amor… Por que não te conheci antes?
Na verdade, o Destino mostrara-se cruel ao contribuir para que se encontrassem demasiado tarde. René Valmour achava-se no estrangeiro, quando o primo desposara Jacqueline, e voltara a ausentar-se do país, obedecendo à súplica da mulher torturada:
— Não lutemos contra o que está escrito. Separemo-nos para sempre. Procura esquecer-me.
Fútil esperança… Longe dela, a paixão acentuara-se, obrigando-o a regressar abruptamente, delirante, pronto para tudo. Fora nessa ocasião que o projecto germinara.
René hesitou durante algum tempo em revelar a sua ideia a Jacqueline. No entanto, os repentinos silêncios desta, os olhares furtivos e, acima de tudo, a sua expressão horrorizada que, por vezes, lhe deformava as feições encantadoras, convenceram-no de que os pensamentos dela principiavam a seguir um rumo análogo ao dos seus, tendo concebido igualmente a solução.
Primeiro por meias palavras, finalmente através de frases despidas de quaisquer reticências, analisaram com o mais absoluto sangue-frio o problema que os obcecava.
Quando ele julgou oportuno falar-lhe sem rodeios,
Jacqueline apressou-se a afastar a única objecção que sempre o fizera hesitar.~
— Não podemos esquecer o avô Vítor— frisou ele. — Tem presente que eu e Francis somos os seus únicos herdeiros e o velho possui uma fortuna enorme. Não crês que suspeitariam de mim? Embora ninguém adivinhasse o verdadeiro motivo do crime, acusar-me-iam de assassinar Francis para ficar com toda a herança.
Não obstante, ela tranquilizou-o com prontidão quanto à insensatez de temores daquela natureza, porquanto René dispunha de largos recursos financeiros e nada justificaria, aparentemente, que matasse o primo por interesses dessa ordem.
Foi a própria Jacqueline quem sugeriu o ataque em plena estrada. Ele preferiria um método menos brutal; o veneno em pequenas doses, por exemplo. Contudo, admitiu que o momento não era oportuno para entrar em discussões sobre a maneira mais conveniente de actuar. O essencial consistia na segurança, e o plano de Jacqueline apresentava-se irrepreensível sob esse aspecto.
Ele vivia numa moradia em Marlotte, alugada até ao final do ano. Depois de permanecer ali um mês, Francis regressara ao escritório da cidade e visitava a esposa todos os fins-de-semana, partindo de Paris com regularidade ao entardecer de sexta-feira.
Chegada a altura apropriada, Jacqueline apoderou-se do revólver carregado, que o marido conservava no compartimento das luvas do carro, e entregou-o a René, o qual se absteve de tocar na arma sem proteger os dedos, a fim de evitar impressões digitais comprometedoras. Em meados de Dezembro, a estrada que atravessa o bosque de Fontainebleau apresentava-se deserta após o anoitecer. Francis Mugal não se surpreenderia com a aparição do primo, pois este surgira-lhe ao caminho por- mais de uma vez, solicitando-lhe uma boleia quando se dispunha a efectuar uma das suas visitas inesperadas ao jovem casal.
Francis travaria o carro sem desconfiar e René convidá-lo-ia a apear-se, sob o pretexto de lhe mostrar algo que acabara de observar no piso irregular da estrada… As autoridades não hesitariam em concluir que se tratava de suicídio. Não haveria impressões digitais, o que se aceitaria facilmente, em virtude de todos saberem que Francis conduzia sempre de luvas. Quanto ao motivo, os amigos mais íntimos da vítima confirmariam que lhe notavam ultimamente mudanças bruscas de disposição, motivadas por preocupações de negócios, conforme chegara a confidenciar a alguns Por fim, como evidência irrefutável, a viúva exibiria as suas últimas cartas, nas quais Francis deixava transparecer profundo desespero. Acrescentaria que há muito receava o pior, declaração confirmada pelo próprio René.
Na realidade, por mais que este último se esforçasse, não conseguia vislumbrar a mínima falha na maquinação. Francis Mugal seria encontrado morto, com uma bala no coração, o revólver caído ao lado do corpo. O marido de Jacqueline achava-se à beira da ruína e de um esgotamento nervoso… Sim, a conclusão só poderia indicar o suicídio como causa da morte.
Agora, René aguardava atrás do rochedo, imóvel, as mãos afundadas nas algibeiras, o vento cortante fustigando-lhe as faces. Estava preparado para agir.
Um clarão intenso surgiu de súbito na curva e foi-se acercando velozmente. René reconheceu o ruído do motor e entrou em acção. A partir daquele momento, tudo se desenrolou conforme o Destino determinara.
Avançou para a estrada, fez sinal para que o carro se detivesse e curvou-se para o solo, como se examinasse algo. O automóvel parou a pouco mais de quatro metros do ponto onde ele se encontrava e Francis Mugal apeou-se sem demora.
— Que agradável surpresa, René! Mas que procuras no chão?
A única resposta do interpelado resumiu-se a um gesto para que o primo se acercasse. Quando os dois homens estavam quase juntos, René endireitou-se bruscamente, puxou do revólver e premiu o gatilho.
Registou-se um breve estalido seco e nada mais. Segunda tentativa produziu idêntico resultado.
Quase imediatamente, soou uma detonação. Francis Mugal retrocedera um passo e empunhava uma arma fumegante. René Valmour vacilou e tombou sem vida.
O drama desbobinara-se em escassos momentos.
Um segundo ocupante do carro surgiu apressadamente, exclamando:
— Com a breca! Escapou por um triz, meu amigo. Conhecia aquele pobre diabo?
— Sim. Era o meu primo René Valmour.
— Seu primo?
— Exactamente. Confesso que não entendo…
O comissário Gébelin auxiliou o perturbado companheiro a entrar no automóvel e aguardou que se recompusesse da emoção que o dominava.
— Quando se sentir com forças suficientes, ajude-me a retirar o cadáver para a berma da estrada. Em seguida, participaremos a ocorrência no posto policial mais próximo. Foi deveras afortunado em contar com a minha companhia, caro Francis. As declarações que prestar aos meus colegas deverão bastar para que não voltem a incomodá-lo.
Como Mugal parecia ainda inseguro dos seus reflexos. Gébelin instalou-se ao volante, agradecendo à Providência a circunstância de viajar todas as sextas feiras no carro daquele, no intuito de ficar o fim-de-semana com a esposa que também passava uma temporada em Marlotte.
As investigações estabeleceram que determinados pormenores curiosos. Por exemplo. Francis Mugal devia a vida ao facto de as balas do assaltante terem estado expostas à humidade, o que lhes deteriorara a pólvora. Por outro lado, não foi possível determinar a proveniência do revólver, um modelo antigo que, aparentemente, se encontrava na posse de René Valmour desde há muito.
O único mistério indecifrável consistia no móbil do ataque, pois todas as tentativas de explicação esbarravam em objecções insuperáveis. A curiosidade das Polícia era, porém puramente académica, visto que a morte de Valmour anulava a necessidade de qualquer acção legal.
Deste modo, alguns meses depois, quando o fabulosamente abastado avô Vítor entregou, por fim, a alma ao Criador, sucumbindo à enfermidade que nas últimas semanas se agravara, Francis Mugal tornou-se herdeiro universal da sua vasta fortuna… graças ao plano concebido com a perícia que sempre evidenciara nos negócios, posto em prática com a útil colaboração da dedicada esposa Jacqueline.
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