EFEMÉRIDES – Dia 8 de Maio
Bernard Newman (1897 – 1968)
Bernard Charles Newman nasce em Ibstock, Leicestershire, Inglaterra. Escritor de livros sobre história, viagens e ficção científica, autor de peças de teatro e de livros para crianças e jovens, é considerado um perito em espionagem publica também livros técnicos sobre este tema. O campo da literatura policiária escreve 34 romances de mistério/detective/espionagem com os personagens Inspector Marshall e Papa Pontivy. Sob o pseudónimo Don Betteridge escreve 14 livros da série Tiger Lester
Richard Forrest (1932 – 2005)
Richard Stockton Forrest nasce em Charlottesville (?) EUA. Escreve o primeiro romance em 1974: Who Kill Mr. Garland’s Mistress?, que é nomeado para o Edgar Award na categoria de Best Paperback Original em 1975. O autor publica cerca de 20 romances, 8 dos quais constituem a série Lyon and Bea Wentworth e 3 livros para jovens, em 1999, Sign of Blood, Sign of Terror e Sign of The Beast que apresentam ao leitor um ou vários crimes para solucionar. Forrest tem obras publicadas em vários países europeus e também no Japão, possivelmente porque é este o país escolhido para cenário de alguns romances. Forrest escreve também 3 livros com o pseudónimo Stockton Woods.
TEMA — ENIGMÍSTICA POLICIÁRIA — OS ENIGMAS DE OBSERVAÇÃO
No campo da novelística ou narração policiária, surgiu, em certo momento, uma tentativa de a aproximar do problema.
Pouco antes da 2ª Guerra Mundial, os editores lançaram uma nova fórmula em que se procura superar a aparência do romance. Hutchinson & Co. (Londres), e não foram os únicos, publicaram uma história policial de Dennis Wheatley e J.G. Links, publicada em Portugal sob o título de Um Crime a Bordo, hoje uma raridade, que se apresentava tão só sob um aspecto processual. Este comportava declarações de testemunhas, gráficos, fotografias, impressões digitais, bilhetes e outros documentos. O leitor, se é que neste caso existe um leitor, tinha que consultar todo o conjunto documental e através dele descobrir a identidade do criminoso.
A fórmula não vingou por falta de agrado do público. Tratava-se, efectivamente, mais do que um romance de um problema policiário de observação. Assim o reconheceu, Roger Caillois, famoso crítico e estudioso da matéria, ao observar que “chegados a este extremo a novela policial tem que renunciar a este nome… já não é um relato mas um jogo, já não há uma história mas um problema”.
Também os produtores de problema de observação corrigiram a aridez imposta pelos desenhos ou fotografias, apoiando estas com uma exposição narrativa mais ou menos positivo sob o ponto de vista estético.
Nota: O livro Um Crime a Bordo de Dennis Wheatley com tradução de Pedro Celestino Soares, foi editado em 1945 pela editora Marítimo-Colonial de Lisboa.
http://livingdeadcovers.wordpress.com/ |
Posto isto resta-nos apresentar a solução (muito fácil) do enigma policiário ALGUÉM! MAS QUEM? publicado no CALEIDOSCÓPIO 126 (clicar)
1 – No texto: Fugiu a sete pés, deixando bem marcadas no terreno as pegadas…
No terreno estão marcadas pegadas num só sentido, de A para B. Ora, se ele fugiu, e á pressa, logo, teria de ser de B para A... Aliás, o que ali se vê, são passadas muito pequeninas, de quem vai ajoujado.
2 - No texto: O solo do meu quintal é muito duro… e só quando uma pessoa carrega muito os pés é que nele ficam marcadas as pegadas.
Pois é! Ele tem razão quando afirma que só fazendo muito peso as pegadas ficariam marcadas. Claro! Matou a mulher noutro sítio, no passeio da rua, por exemplo, e depois transportou-a para ali. Isso faz com que as pegadas fossem dadas com pequenos intervalos e ficassem marcadas por causa do peso do corpo que ele transportava às costas.
3 - Repetimos: Observa-se pela foto que só existem pegadas num só sentido — do passeio da rua para dentro do jardim/quintal, correspondentes a uma só pessoa: o marido da vítima.
Como o solo é duro, elas, as pegadas, apenas ficaram marcadas naquele espaço, devido â pressão feita pelo indivíduo que transportava a mulher às costas.
DICIONÁRIO DE AUTORES CONTEMPORÂNEOS DA NARRATIVA DE ESPIONAGEM (2)
2 – ALEXANDER (PATRICK)
1926 – 2003
Patrick Alexander trabalha como jornalista e argumentista. O seu primeiro livro Dead Of a Thin-skinned Animal, publicado em 1976 ganha vários prémios e é adaptado ao cinema em 1981: The Professional com Jean Paul Belmondo no papel do Richard Abbott, um agente secreto desiludido. Patrick Alexander escreve ainda Show Me A Hero (1979), Soldier On The Other Side (1983) e Ryfka (1988).
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