EFEMÉRIDES – Dia 9 de Fevereiro
Le Livre de Poche (1953)
Data do lançamento em França de Le Livre de Poche, uma colecção literária fundada e impulsionada por Henri Filipacchi que reúne vários amigos editores em torno deste projecto. O formato de livro de bolso existia desde 1905 com romances populares a baixo preço, mas a aposta de Le Livre de Poche é na literatura de qualidade a um preço seis vezes menor do que o formato habitual. A colecção é um sucesso empresarial e depressa a edição de policiais e de thrillers se junta à dos clássicos. A autora mais vendida é Agatha Christie, com mais de 40 milhões de livros vendidos, seguida de Émile Zola com 22 milhões.
O Le Livre de Poche continua activo após quase 60 anos de actividade editorial.
Le Livre de Poche (1953)
Data do lançamento em França de Le Livre de Poche, uma colecção literária fundada e impulsionada por Henri Filipacchi que reúne vários amigos editores em torno deste projecto. O formato de livro de bolso existia desde 1905 com romances populares a baixo preço, mas a aposta de Le Livre de Poche é na literatura de qualidade a um preço seis vezes menor do que o formato habitual. A colecção é um sucesso empresarial e depressa a edição de policiais e de thrillers se junta à dos clássicos. A autora mais vendida é Agatha Christie, com mais de 40 milhões de livros vendidos, seguida de Émile Zola com 22 milhões.
O Le Livre de Poche continua activo após quase 60 anos de actividade editorial.

Michel Vianey (1939 – 2008)
Nasce em Paris. Jornalista, escritor, argumentista e realizado é mais conhecido pelos filmes policiais que escreve para cinema e televisão, Salientam-se Un Assassin Qui Passe (1981), Un Dimanche de Flic (1983) e Spécial Police (1985).
Nasce em Paris. Jornalista, escritor, argumentista e realizado é mais conhecido pelos filmes policiais que escreve para cinema e televisão, Salientam-se Un Assassin Qui Passe (1981), Un Dimanche de Flic (1983) e Spécial Police (1985).

TEMA — ESTATÍSTICA: LONGEVIDADE DAS DAMAS DO CRIME
As escritoras e os escritores são seres humanos. Nem sempre inteligentes, por vezes imaginativos, ociosos ou trabalhadores, estudiosos ou mandriões. Ricos ou pobres têm alegrias e tristezas, êxitos e fracassos, são cobardes ou valentes, sujeitos à abastança, à fome, ao amor e ao ódio, ambíguos, nascem, vivem ou vegetam e morrem. Idênticos atributos para as escritoras. Eis uma pequena estatística da longevidade das Damas do Crime.
Shirley Jackson (1916 – 1965) 48 anos
Holly Roth (1916 – 1964) 48 anos
Craig Rice 1908 - 1957) 49 anos
Frances Noyes Hart (1890 - 1943) 53 anos
Josephine Tey (1896 – 1952) 55 anos
Ethel Lina White (1876 – 1944) 57 anos
Margery Allingham (1904 – 1966) 62 anos
Mary Fitt (1897 - 1959) 62 anos
Joanna Cannan (1898 – 1961) 63 anos
Charlotte Armstrong (1905 – 1969)
Dorothy L. Sayers (1893 – 1957)
Elisabeth Sanxay Holding (1889 – 1955) 66 anos
Frances Lockridge (1896-1963) 67 anos
Phoebe Atwood Taylor (1909 - 1976) 67 anos
Doris Miles Disney (1907 – 1976) 69 anos
Helen Reilly (1891 - 1962) 71 anos
Georgette Heyer (1902 – 1974) 72 anos
Carolyn Wells (1862 – 1942) 73 anos
Anthony Gilbert (1899 – 1973) 74 anos
Evelyn Berckman (1900 - 1978) 78 anos
Rae Foley (1900 – 1978) 78 anos
Elizabeth Daly (1878 - 1967) 79 anos
Baronesa Orczy (1865 – 1947) 82 anos
Mary Roberts Rinehart (1876 - 1958) 82 anos
Patricia Wentworth November (1878 - 1961) 83 anos
Ngaio Marsh (1895 – 1982) 83 anos
Agatha Christie (1890 – 1976) 86 anos
Miriam Allen DeFord (1888 – 1975) 87 anos
Anna Katharine Green (1846 – 1935) 89 anos
Vida média de 69,3 anos.
TEMA — FICÇÃO CIENTÍFICA EM PORTUGAL
(actualizado em Dezembro 2014)
Como sucede com quase todas as classes de Literatura, e Portugal não é excepção, a Ficção Científica foi aflorada ao longo dos tempos por um ou outro autor sem que conscientemente pretendesse escrever obra da temática, como é o caso, das utopias, a que muitos estudiosos, mais ou menos fundamentados, negam enquadramento na ficção científica. Estão nesta consideração o Canto VIII de Os Lusíadas, de Luís de Camões, no qual se descreve a fabulosa Ilha dos Amores, e um ou dois episódios de A Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto. É o caso, igualmente, de alguns escritores sob pseudónimos anglo-saxónicos, cujos temas de cientista louco, Frankenstein, guerras futuras entre continentes, etc.,são postos em evidência, conquanto emoldurados na Literatura de emoção.
Conscientemente, Ficção Científica propriamente dita, quer no que respeita a autores nacionais, quer traduções estrangeiras, mais estas do que aquelas na proporção de 100 (cem) para um (1), só após a segunda Guerra Mundial se desenvolveram em Portugal. E, por outro lado, bastante difícil, tal a falta de dados existentes, indicar qual o texto que mereceria a honra de encetar o género Fernando Saldanha, um estudioso da matéria, ele próprio escritor da classe, situa o primeiro original em 1955 com a publicação das novelas de A. Maldonado Rodrigues (Domingues) Vieram do Infinito e Os Mágicos, seguidas de vários contos de Carlos Macedo, Maria Judite de Carvalho e Francisco Reich de Almeida, etc. Por sua vez, Hugo Rocha, autor de Outros Mundos, outras Humanidades, revela no prefácio de A Ameaça Cósmica, de Luís Mesquita ser A Mensagem no Espaço (Mensageiro do Espaço), deste último autor, o primeiro trabalho de ficção científica de autor nacional. Consideramos porém o romance Através do Espaço, de Frederico Cruz (1903-1972), escrito em 1937 mas só publicado em 1942 um sério candidato ao título da primazia. Seja como for, as obras publicaram-se, leram-se e são hoje extraordinariamente difíceis de encontrar no mercado. E isto embora, como explica o editor da Colecção Satélite que se quedou pelo primeiro número, mau grado o nosso natural cepticismo dada a relativamente pouca audiência que este número inexplicavelmente tem continuado a encontrar entre nós e ainda o facto, tristemente comprovado, de autoria portuguesa não ser ainda acarinhada pelo público em certos ramos de literatura.
M. Constantino
Texto interessante. Há quem considere o LISBOA NO ANNO 2000 como o primeiro texto de FC: http://correiodofantastico.wordpress.com/2009/10/09/science-fiction-in-portugal-the-drawing-up-of-a-territory/ - sem dúvida que há muito futurismo envolvido. Talvez a competir com ele esteja Amílcar de Mascarenhas: http://correiodofantastico.wordpress.com/2009/07/25/o-estranho-caso-da-prospectoria-amnesica/
ResponderEliminarCmps
LFS
Obrigada pela partilha de informação.
ResponderEliminarSó algumas correcções na parte da fc portuguesa: pelo número de páginas Vieram do Infinito é um romance (e de 1955, não 1965), e foi editado por Maldonado DOMINGUES (não Rodrigues) sob o pseudónimo de Eric Prince, e Os Mágicos é só uma tradução de Maldonado DOMINGUES de um romance de J. B. Priestley, não uma obra dele (ele traduziu outros quatro romances e um livro de contos), o outro livro de Luís de Mesquita é MENSAGEIRO DO ESPAÇO, não A Mensagem no Espaço, e o autor de Através do Espaço é FREDERICO Cruz, não Francisco Cruz. Espero que isto ajude e o M. Constantino possa corrigir o texto para não criar confusões com esses erros menores.
ResponderEliminarMuito obrigada pelas suas rectificações. Já corrigi a data da edição do livro Vieram do Infinito e o nome do autor de Através do Espaço, Frederico Cruz. O seu a seu dono.
EliminarOs outros erros são referências de M. Constantino a outras obras e terei de falar com ele para esclarecer onde se deu a "confusão",
Aproveito para lhe desejar o maior sucesso com o seu novo blogue, que me parece ser um projecto com um tema muito interressante.
Bom 2015.
Det. Jeremias