EFEMÉRIDES – Dia 4 de Janeiro
Maria Archer (1899-1982)
Nasce em Lisboa Maria Emília Archer Eyrolles Baltasar Moreira. De 1910 a 1934 vive entre Portugal e Angola, Moçambique e Guiné o que viria a determinar o realce da temática colonial na sua produção literária. Em 1935 publica o primeiro livro Três Mulheres, em Luanda e regressa de seguida a Portugal, onde luta para se afirmar como escritora e jornalista. Em 1955 parte para o Brasil de onde só regressa em 1979.
Maria Archer marcou a literatura feminina do séc. XX. Escreveu cerca de meia centena de obras, muitas com várias edições: romances, novelas, contos, peças de teatro e ensaios. Tem uma obra marcante na colaboração regular com diversos jornais e revistas relevantes à época — Diário de Lisboa, Eva, O Atlântico, O Mundo Português, Portugal Democrático, Seara Nova, O Estado de S. Paulo e Gazeta de São Paulo.
Publica em 1947 um romance policiário de boa urdidura A Morte Veio de Madrugada, da qual são protagonistas Agente Félix e Crispim.
Maria Archer (1899-1982)
Nasce em Lisboa Maria Emília Archer Eyrolles Baltasar Moreira. De 1910 a 1934 vive entre Portugal e Angola, Moçambique e Guiné o que viria a determinar o realce da temática colonial na sua produção literária. Em 1935 publica o primeiro livro Três Mulheres, em Luanda e regressa de seguida a Portugal, onde luta para se afirmar como escritora e jornalista. Em 1955 parte para o Brasil de onde só regressa em 1979.
Maria Archer marcou a literatura feminina do séc. XX. Escreveu cerca de meia centena de obras, muitas com várias edições: romances, novelas, contos, peças de teatro e ensaios. Tem uma obra marcante na colaboração regular com diversos jornais e revistas relevantes à época — Diário de Lisboa, Eva, O Atlântico, O Mundo Português, Portugal Democrático, Seara Nova, O Estado de S. Paulo e Gazeta de São Paulo.
Publica em 1947 um romance policiário de boa urdidura A Morte Veio de Madrugada, da qual são protagonistas Agente Félix e Crispim.
UM TEMA — NARRATIVA POLICIÁRIA
Por M. Constantino
Elemento básico da narrativa policiária, o crime (em regra misterioso), a investigação policial, as pistas, as armadilhas, o interesse dramático e o jogo de raciocínio e mental são as condições que definem este tipo de literatura. Este é o modelo concebido pelo norte-americano Edgar Allan Poe em1941 ao publicar Os Crimes da Rua da Morgue. Nele cria o primeiro investigador da era moderna, Auguste Dupin e mais tarde, em 1887, o inglês Arthur Conan Doyle apresenta o inigualável e inesquecível Sherlock Holmes.
Talvez por ser uma formação anglo-saxónica, a narrativa policiária (ou policial) foi sempre mais apreciada nos países de língua inglesa, quer na leitura, quer no numeroso grupo de autores. Ao longo dos anos atinge novas regras, sofre mutações até ao presente, ora dominado pelo thriller, misto de aventura criminal e de suspense.
Em França, país desde sempre considerado de elite intelectual, o pioneiro é Émilie Gabaroriau, com O Caso Larouge (1866).
A narrativa policiária em Portugal, como noutros países, não teve grande aceitação pelo menos nos anos iniciais. É pioneira a dupla Eça de Queirós – Ramalho Ortigão, com O Mistério da Estrada de Sintra (1870), primeiro publicado em folhetins no Diário de Notícias e depois em livro.
Durante décadas foi considerada um género menor, popular, havia de vencer o estigma, sobreviver e impor-se. Há presentemente um número substancial de autores, colecções e obras policiárias best-sellers no mercado.
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