O CASO DO FALSIFICADOR DESCUIDADO
O condenado Nº 32146, a quem chamaremos Blinky para facilitar, só há pouco passou da enfermaria de doentes mentais na prisão para uma cela regular.
Tudo se prende com o motivo da sua detenção.
Blinky era conhecido como o Avô Moses dos falsificadores. Era tão meticuloso na cópia de uma nota que só o olhar de águia de um profissional experiente poderia distinguir o dinheiro feito por ele do dinheiro verdadeiro.
Durante muitos meses Blinky trabalhou no que julgava ser uma cópia exacta, para a posterior falsificação em série de uma nota de dez dólares.
Concluído o serviço, ele apreciou a sua obra de arte, comparou-a com o original auxiliado por uma forte lente e resolveu experimentar passá-la, antes de se lançar na produção em série.
Em apenas duas horas, Blink foi preso.
— Eu desafio-o — vociferava ele, espumando diante do agente do tesouro, colocando lado a lado o original e a cópia — a indicar-me a diferença entre estas duas notas de dez.
— Não há diferença nenhuma, Blinky — concordou o homem.— E aí é que está o problema. Mas você cometeu um erro: a sua falsificação foi feita imitando uma nota falsa!
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