29 de janeiro de 2013

COLECÇÃO VAMPIRO - CAPAS




As primeiras 112 capas da Vampiro são da autoria de Cândido Costa Pinto, um artista plástico inexplicavelmente votado ao esquecimento, apesar da importância da sua obra e de ser considerado um dos maiores responsáveis pela inovação gráfica das décadas de 40 e 50.
Em 1995 a  Fundação Calouste Gulbenkian (Clicar) presta a devida homenagem a Cândido Costa Pinto com uma exposição no Centro de Arte Moderna da Centro de Arte Moderna, entre 20 de Julho e 30 de Setembro.
Em 2011, centenário do seu nascimento, a Universidade de Coimbra expõe algunss trabalhos e escreve sobre Cândido Costa Pinto:
A sua actividade engloba a caricatura, a decoração, o cartaz, o cinema, as artes gráficas, os selos, a pintura mural e a ilustração.
Durante o período de 1949 a 1972, Cândido Costa Pinto colaborou com os CTT inovando a linguagem gráfica da arte postal portuguesa. Como ensaísta, investigador e teórico das artes os seus artigos traduzem uma excelente reflexão crítica sobre a função da arte, do design e da comunicação.
Esta mostra evoca o seu trabalho enquanto artista gráfico como capista das colecções Vampiro, Vampiro Magazine, Argonauta e Vidas Célebres e como caricaturista e ilustrador em publicações como Sempre Fixe, Panorama, Vida Mundial Ilustrada, O Globo, Acção e Mundo Literário.
Citando Lima de Freitas “Para Cândido Costa Pinto, as capas coloridas e de pequeno formato dos enigmas policiais de Agatha Christie ou das aventuras interplanetárias de Isaac Asimov constituíram uma espécie de galeria permanente de pequenas criações plásticas aberta a milhares de pessoas”.


Dados Biográficos
Artista plástico português, Cândido Costa Pinto nasceu a 20 de Maio de 1911, na Figueira da Foz. Morreu em São Paulo, Brasil, em 28 de Março de 1976. Proveniente de uma família que se dedicava às artes decorativas, o artista obteve a sua primeira aprendizagem no atelier do seu pai, começando a pintar e a desenhar muito cedo. Esta aprendizagem precoce proporcionou lhe um grande domínio de execução o que lhe permitiu, mais tarde, dedicar se a múltiplas atividades. Inicia a sua carreira artística aos 12 anos, trabalhando na imprensa. Estuda no Liceu de Coimbra, onde em 1931, juntamente com outros companheiros, funda o grupo Divergentes, que se opõe efemeramente à revista Presença, orientada, também em Coimbra, por José Régio.
Em 1939 instala se em Lisboa e o seu pendor para o misticismo, iniciado pelo pensamento do escritor católico Joaquim Paço D'Arcos, é alimentado pelas leituras de Krishnamurti, que lhe inspirarão, em 1946, a conferência intitulada “O complexo conceptual”, onde ataca o que considera excessivo na tendência racionalista ocidental, que, para ele, ameaça dividir o ser humano.
A sua primeira exposição foi no Secretariado de Propaganda Nacional, em 1941. É o momento em que se aproxima do surrealismo, praticando uma pintura de execução meticulosa. O mais conhecido dos seus quadros surrealistas é Aurora Hiante (1942). A maioria das telas, entretanto, partindo embora de uma inspiração surrealista, termina entre o decorativo e um geometrismo que delimita a imaginação.
A sua atividade intensa abrange a caricatura, a decoração, o cartaz, o cinema, as artes gráficas, os selos, a pintura mural ou a ilustração.


Mais informação sobre Cândido Costa Pinto em: O Sítio dos Desenhos (Clicar)

Informação detalhada sobre as capas da Vampiro em: Malomil – Surreal Policial (Clicar)
        

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