9 de agosto de 2012

CALEIDOSCÓPIO 222

Efemérides 9 de Agosto
Jonathan Kellerman (1949)
Nasce em Nova Iorque, EUA. Doutorado em psicologia clínica, especializado em crianças, aplica a sua experiência profissional para a escrita de policiários. É considerado internacionalmente como um dos autores mais populares, traduzido em duas dezenas de idiomas e autor de numerosos contos de suspense. A maioria das suas histórias apresenta os personagens Alex Delaware, psicólogo forense e Milo Sturgis, detective do Departamento da Polícia de Los Angeles, que trabalham em conjunto e solucionam assassinos em 27 livros do autor; a série começa com When The Bough Breaks, publicado em 1985 e vencedor do Edgar Award e do Anthony Award em 1986 na categoria de Best Novel.  Cria ainda a série Petra Connor, uma detective que surge pela primeira vez num livro da série Delaware, Survival Of The Fittest (1997), mas ganha independência em Billy Straight (1998) e Twisted (2004). Em Portugal estão editados:
1 – Companheira Silenciosa (1993), Círculo de Leitores. Título Original: Silent Partner (1989). É o 4º livro da série Alex Delaware.
2 – O Clube Da Conspiração (2005), Nº44 Colecção Clube do Crime, Publicações Europa-América. Título Original: Conspiracy Club (2003).
3 – O Livro Dos Crimes (2007), Nº52 Colecção Clube do Crime, Publicações Europa-América. Título Original: The Murder Book(2002). É o 16º livro da série Alex Delaware.



TEMA — ALGO SOBRENATURAL — AS PRÁTICAS DO DIABO
Continuação de CALEIDOSCÓPIO 221 (clicar)
Os dez mandamentos da igreja eram substituídos por estes outros:

Adorarás Lúcifer como verdadeiro Deus.
E não amarás outro que não seja ele.
Blasfemarás frequentemente contra o nome de Jesus.
Odiarás teu pai e tua mãe.
Matarás homens, mulheres e crianças.
Cometerás sem dificuldade o adultério, a fornicação.
E todos os crimes mais horríveis desse género.
Dedicar-te-ás à usura, ao roubo e à rapina.
Prestarás falsos testemunhos, cometerás perjúrios.
E cobiçarás a mulher e os bens do próximo.

Segue-se então a entrega de uma peça de roupa, uma madeixa de cabelo ou toda a cabeleira.

A história regista ardente declaração de amor assinada com o sangue de Didima, uma flamenga do século XVII, ao entregar-se ao seu diabólico amante:
Eu, Didima, entrego o meu corpo e a minha alma em adoração eterna, para que não mais seja separada de ti, e renuncio a deus e a todos os anjos, a todos os santos que estão no céu, assim como aos santos apóstolos e toda a corte celestial e a todas as inspirações que deles possam vir, e prometo fiel obediência em todos os dias que viver na terra.

Para marcar as suas vítimas, Satanás deixava uma marca, geralmente um sinal numa nádega, que se repete de geração em geração quando a bruxa empenha os seus filhos. Tais marcas, por mais escondidas, foram para a Inquisição uma prova de que a possuidora era pactuante com o Diabo.
Haverá alguém, porventura, que não tenha uma só marca, ínfima que seja, no corpo?
A insensibilidade ao amor humano é a virtude maior do adepto do maligno seja dito — em regra as marcas são interiores, invisíveis.
Mas continuemos.
Após o recrutamento o Príncipe do Mal determina o lugar para a celebração do inquietante “sabat” para recordar aos seus seguidores os de veres de submissão e do aviltamento: a noite escolhida, que varia de região para região, nunca é um domingo, geralmente é numa sexta-feira.
Logo que prevenida por um galo ou um gato preto, a bruxa ou feiticeira põe-se completamente nua diante de uma fogueira e unge todo o corpo com um produto que agrada ao olfacto do Diabo, faz os seus preparos e ei-la em cavalgada nocturna até ao lugar escolhido, em regra do passado enigmático.
O Diabo no “sabat” senta-se numa cadeira negra, assustador e temível, com a rapariga mais linda, que escolheu entre todas, entronizada como rainha. A festa tornar-se-á um verdadeiro carnaval e o Príncipe da Luxúria, abusará à vontade tanto das raparigas como das mulheres casadas presentes. Fará com que os assistentes confessem os seus crimes, louvando os ladrões, os assassinos, etc., ou censurando colericamente os que confessam não terem encontrado ocasião para o pecado.
A orgia continua com repleto festim de alimentos ignóbeis: sapos, carne do enforcado…

Sonho? Alucinação? Lenda? Realidade?

Alguns estudiosos da matéria não excluem a hipótese — nunca aceite pelos inquiridores — de que, consistindo uma das regras preparatórias do festim a ingestão de drogas das mais variadas espécies, a inclusão de alucinógenos nas receitas o que provocaria visões, as reuniões referenciadas nunca passariam de imaginação, nada mais seria do que um sonho.
Que reuniões e orgias se praticavam, todos são unânimes em afirmar. Comendo e bebendo avidamente, provocando-se mutuamente, ainda presentemente é regra, não havendo reunião desta espécie que desencoraje o vício e o pecado e não termine em orgia.
É, porém, muito duvidoso ou excepcional, o uso de sacrifícios humanos para o banquete dos “sabats”, não se excluindo a hipótese de, na época das grandes fomes que atingiram os povos, se praticar a antropofagia.
(continua)




DICIONÁRIO DE AUTORES CONTEMPORÂNEOS DA NARRATIVA DE ESPIONAGEM (10)

14 – BASTID (JEAN-PIERRE)
1937

Escritor natural de Montreuil, França tem uma carreira também no cinema como realizador e argumentista. Considerado um especialista do romance negro — muito negro — escritos geralmente em colaboração com Michel Martens, deixa-se seduzir pelo universo da espionagem e escrito uma vez mais em parceria com Martens, publica em 1977 F.O.O.D., quatro letras que designam uma organização internacional criada para ajudar países do 3º mundo, mas que na realidade esconde algumas coisas.

Destacam-se na bibliografia os títulos escritos individualmente pelo autor:

Méchoui-Massacre (1974)
Éloge D'un Monstre (1987)
Le Moine Sanglant (1987)
Méfiez-Vous De La Tour Eiffel (1989)
Parcours Fléché (1994)
Notre-Dame Des Nègres (1996)
Le Transafricain (1996)
La Tendresse Du Loup (1997)
Irish Stew (1999)
Galère Noire (2000)
Plaine De Bruit Et De Fureur (2002)
Potomac (2003)



15 – BINGHAM (JOHN)
1908 — 1988

John Michael Ward Bingham nascido em York, foi oficial da British intelligence e novelista Começou a escrever em 1952 e a sua obra divide-se entre o romance policiário e o de espionagem. Publicou 17 romances, 6 dos quais de espionagem indo certamente buscar inspiração aos 30 anos que serviu no MI5, onde trabalhou como agente infiltrado.

Os títulos que pertencem ao domínio da espionagem são:

Murder Plan Six (1958)
A Fragment Of Fear (1965)
The Double Agent (1966)
Vulture In The Sun (1971)
God’s Defector (1976)
Brock And The Defector (1982)

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