Às sextas no site do Centro Nacional de Cultura (http://www.cnc.pt/)
7 de julho de 2016
A NÃO PERDER - UM ESTRANHO ENIGMA - FOLHETIM DE VERÂO
22 de junho de 2016
LIVROS - NOVIDADES
O Raparigas Esquecidas
Tradução: João Reis
Título Original: De glemte piger (2011)
Junho 2016
Distinguido em 2015 com o Gyldne Laurbaer, um importante prémio literário da Dinamarca, que é atribuído pelos livreiros desde 1949.
Sinopse
Através de uma narrativa envolvente, vertiginosa e de forte impacto emocional, Sara Blædel não deixa o leitor descansar enquanto não chegar ao fim do livro.
Numa floresta da Dinamarca, um guarda-florestal encontra o corpo de uma mulher. Marcada por uma cicatriz no rosto, a sua identificação deveria ser fácil, mas ninguém comunicou o seu desaparecimento e não existem registos acerca desta mulher.
Passaram-se quatro dias e a agente da polícia Louise Rick, chefe do Departamento de Pessoas Desaparecidas, continua sem qualquer pista. É então que decide publicar uma fotografia da misteriosa mulher. Os resultados não tardam. Agnete Eskildsen telefona para Louise afirmando reconhecer a mulher da fotografia, identificando-a como sendo Lisemette, uma das "raparigas esquecidas" de Eliselund, antiga instituição estatal para doentes mentais onde trabalhara anos antes.
Mas, quando Louise consulta os arquivos de Eliselund, descobre segredos terríveis, e a investigação ganha contornos perturbadores à medida que novos crimes são cometidos na mesma floresta.
Crítica
"Sara Blædelestá sem dúvida entre os melhores."
Camilla Läckberg
"Sara Blædel é incrivelmente talentosa em manter o leitor preso ao livro mesmo quando este preferiria desviar o olhar nas cenas mais gráficas. Recomendado para fãs de Camilla Läckberg."
Library Journal
"Uma protagonista inteligente que luta contra os seus próprios medos e defeitos, numa história contada de forma muito hábil, ao estilo negro do thriller nórdico."
Booklist
"Consegue descrever crimes terríveis de modo absolutamente genial e envolvente. Um realismo intransigente que revela o thriller no seu melhor."
The Washington Post
Etiquetas:
Livros - Novidades,
Sara Blædel
21 de junho de 2016
18 de junho de 2016
6º EPISÓDIO (FINAL) - O RETIRO DO QUEBRA BILHAS de A. RAPOSO
Um desfecho imprevisível
A
situação parecia estar complicada. O marido a chegar a casa e encontrar na cama
com a mulher um tropa.
Costa
só veio a saber que Sesinando era tropa depois da Milú ter contado a história
toda de uma ponta à outra.
Costa
continuava com a mala na mão, a ouvir a história, contada pela Milú, enquanto o
alferes Sesinando, encolhido, quase desaparecia por entre os lençóis.
Costa,
posou a mala, finalmente e afirmou:
−
Vamos lá resolver o caso. Se houve mergulho no lago tem que haver roupa molhada
dos dois. Se isso se confirmar a história está verosímil e eu até posso ir ao
Lago do Campo Grande confirmar o acidente. Não vejo nada de mal na história
mas já agora gostaria de saber quem é o senhor que se meteu na minha cama. Isto
é se não se importam e se não incomodo!
O
alferes apresentou-se:
−
Apresenta-se o alferes Sesinando, 3ª companhia dos Comandos da Amadora. A
história que a menina Milú acaba de contar é perfeitamente verdadeira e a minha
relação com ela tem sido do maior respeito. Convidei-a para dar uma voltinha de
barco na melhor das intenções. Desembarquei ontem do navio que me trouxe de
volta ao puto. Amanhã entro na peluda. Isto é, fico livre da tropa.
Isto
tudo tem a ver com o meu saudoso gosto por iscas com elas e recomendaram-me a
casa de pasto O Retido do Quebra Bilhas, não sei se conhece…
Costa
sentou-se na cama e retrocou:
−
Não conheço eu outra coisa. Cheguei agorinha de Cabo Verde e estava a pensar ir
lá comer um cozido. Hoje é dia. Meu caro amigo, fazem lá um cozido de estalo!
Fonte: Loja Cão Azul |
Sesinando acrescentou:
− Acontece que tenho a roupa toda molhada e só lá para a
tarde é que fica seca…
−
Ó MIlú vê lá se arranjas aí um fato meu, velho, que lhe sirva e mais o resto da
roupa. Que número calça o meu alferes?
−
41. Biqueira larga.
−
Óptimo, eu calço 42. Fica-lhe a crescer um pouco mas não caem dos pés! Vamos lá
então todos almoçar que já estou cá com uma larica…
Dali
ao retiro do Quebra Bilhas era um pulinho. Até servia para abrir o apetite.
E
lá foram os três mais o canito almoçar ao Quebra Bilhas.
Fonte: Blogue Restos de Colecção |
Campo Grande anos 60 Fonte: Pinterest |
Campo Grande/Av. Brasil (perto do extinto Quebra Bilhas) Foto Onaírda |
Sobre o Quebra Bilhas 2 (Clicar)
FIM
15 de junho de 2016
NOVA COLECÇÃO VAMPIRO
Na SIC
11 de junho de 2016
5º EPISÓDIO - O RETIRO DO QUEBRA BILHAS de A. RAPOSO
Ainda no Lago do Campo Grande
O alferes Sesinando, a menina Milú e o canito Lanudo boiavam
no Lago do Campo Grande com grande espalhafato. O barco voltara-se e os remos
escaparam-se.
Os tripulantes dos outros barquinhos tentavam aproximar-se e
salvar os náufragos.
Lago do Campo Grande. Fonte: Diário de Notícias |
Milú gritava, o cão gania e o alferes tentava puxá-los para
terra.
A queda na água não chegava para afogar ninguém, mas a roupa
essa ficava completamente encharcada e a colar-se ao corpo. Um casal em terra
sorria.
O encarregado dos barquinhos rapidamente foi buscar os três
náufragos e levou-os para uma casinha ao lado da bilheteira onde lhes forneceu
umas mantas.
O alferes Sesinando culpava-se e pedia desculpa pelo banho
forçado mas nada podia modificar. O que estava feito, estava feito. Milú pediu
ao encarregado para chamar um táxi e convidou o alferes para ir também.
Taxi Anos 60. Fonte: http://portalclassicos.com/ |
E lá foram os três embrulhados em finas mantas até à Av. De
Roma.
Assim que se lavou e limpou correu para o quarto da Milú e
meteu-se entre os lençóis, obviamente como viera ao mundo. Já estava quase a passar pelas brasas quando surgiu a Milú
também sem roupa e correu metendo-se na cama ao lado do alferes.
Milú retirou um braço de dentro dos lençóis e apontou ao
alferes:
− Meu amigo,
nada de intimidades. Somos só amigos. Ponto final.
O Alferes Sesinando sorriu e fechou os olhos. Que mais lhe
haveria de acontecer?
Cinco longos minutos se passaram. Num silêncio profundo que
pairava no ar alguém meteu a chave à porta.
Lanudo correu ladrando farejando algo.
O Sr. Costa surgiu no quarto, de mala de viagem na mão,
chave na outra e um olhar basbaque. Abriu a boca estupefacto e balbuciou:
− Mas
o que é que se está aqui a passar?
O cão veio abanar a cauda e ladrar ao dono, feliz.
O Sr. Costa é que não parecia muito agradado.
(fim do 5º episódio)
5 de junho de 2016
4 de junho de 2016
4º EPISÓDIO - O RETIRO DO QUEBRA BILHAS de A. RAPOSO
Amores de Milú
Ainda não vos falei do passado da menina Milú. Sei do vosso
interesse e por isso deixei os intérpretes a enxugarem-se no Lago do Campo
Grande para vos pôr ao corrente da curta mas já exuberante vida da menina Milú.
Maria de Lurdes fez a escola no Maria Amália em Lisboa e aos
16 anos teve o primeiro desgosto de amor, dos muitos que vieram depois.
Liceu Maria Amália Fonte: http://revelarlx.cm-lisboa.pt/ |
O seu namorado − veio
a saber mais à frente − utilizara-a como cortina de fumo pois fora apanhado no
Parque Mayer com um colega aos beijos. Uma amiga viera piedosamente avisá-la.
Teatro Maria Vitória - Parque Mayer Fonte: http://revelarlx.cm-lisboa.pt/ |
Depois foi um pegador de touros. Era um rabejador. Não dava a cara ao touro, pegava-o pelo rabo, o que evitava levar uma cornada. Salvador era um lindo moço. De cabelo louro escorrido e de risco ao meio. Ao longe na praça de touros parecia um pajem. Porém, o namoro durou pouco.
Salvador tornara-se aborrecido. Só gostava de a ter ao colo
e quando ela acedia começava a imitar a corneta do inteligente como se fosse a
hora da pega.
A primeira vez tivera piada, depois era uma maçada. Mandou-o
rabejar para outro lado.
Cartaz de Tourada Fonte: Correio do Ribatejo |
Milú tinha um dia prometido a Santa Engrácia de quem era devota, que levaria a virgindade até à noite do casamento. Como mandavam as regras da Santa Madre Igreja. Queria seguir a vida de Santa Engrácia a virgem mártir se fosse necessário. Milú ia à missa todos os domingos e até tinha feito a comunhão. Porém os anos foram passando e Milú já com 27 anos começava a ver que não lhe aparecia namorado de jeito.
Igreja de Santa Engrácia Fonte: http://revelarlx.cm-lisboa.pt/ |
Um dia em que estava no Café Londres a tomar uma bica
foi-lhe apresentado o Sr. Costa, um abastado construtor civil, homem já entrado
na idade e que, soube depois, tivera já em adulto papeira que influenciou o
normal funcionamento dos órgãos reprodutores.
Esta última parte da infertilidade estaria para provar e a
sua amiga Manuela que o apresentou acabou dizendo não ter lá muita certeza se a
doença provocara mesmo algum distúrbio ao Sr. Costa.
Veio a saber depois que ele tinha mulher e filhos em Tomar
coisa que o próprio não desmentiu quando foram ao cinema Império ver um filme
de amor.
Costa abriu o jogo. Queria ter em Lisboa um aconchego. Um
ombro amigo, uma amiga que lhe tratasse bem e que soubesse dirigir um
apartamento mobilado à maneira. Em troca nada pedia senão a sua boa disposição
e alegria de viver. Nada mais.
Milú topou o jogo e embarcou no negócio. Com uma condição.
Ela queria continuar virgem até à consumação do casamento. Costa fechou o
negócio.
Ele tinha um apartamento na Avenida de Roma mas raramente estava em Lisboa. Tinha
muitos negócios em Cabo Verde e estava a construir um hotel na cidade da Praia.
Avenida de Roma |
(fim do 4º episódio)
1 de junho de 2016
LIVROS - NOVIDADES
LANÇAMENTO PREVISTO PARA 21 DE JUNHO
O Domador de Leões
Camilla Läckberg — Editora Dom Quixote
Junho 2016
Título Original — Lejontämjaren (2014)
Sinopse
É Janeiro e um manto de neve cobre Fjällbacka. Uma adolescente seminua sai do gélido bosque a cambalear, e atravessa a estrada. O carro aparece do nada e o condutor não consegue travar a tempo de evitar a tragédia.
Quando Patrik Hedström e a sua equipa são alertados para o acidente, já o corpo da rapariga tinha sido identificado. Era Victoria Hallberg, que desaparecera quatro meses antes, quando regressava a casa depois de uma aula na escola de equitação. A Polícia apercebe-se de que aquele terrível acidente foi o melhor que podia ter acontecido a Victoria. O seu corpo evidencia sinais de ter sofrido atrocidades inimagináveis e tudo leva a crer que não será a única vítima. Enquanto isso, Erica Falk investiga o trágico passado de uma família ligada ao circo, o que a leva por diversas vezes a um estabelecimento prisional para visitar Laila, uma mulher acusada de ter matado o marido. Mas não consegue desvendar o que realmente se passou naquele longínquo dia fatídico. O que estará Laila a esconder? Para onde foram os dois filhos depois da tragédia? Erica desconfia de que há em toda aquela história algo que não se encaixa. E que o passado estende os seus longos braços para vir ensombrar o presente.
Outros livros da autora:
1 – A Princesa de Gelo (2010)
Colecção Literatura Policial, Editora Dom Quixote. Título Original: Isprinsessan (2002).
Colecção Literatura Policial, Editora Dom Quixote. Título Original: Isprinsessan (2002).
2 – Gritos do Passado (2010)
Colecção Literatura Policial, Editora Dom Quixote. Título Original: Predikanten (2004).
Colecção Literatura Policial, Editora Dom Quixote. Título Original: Predikanten (2004).
3 – Teia de Cinzas (2011)
Colecção Literatura Policial, Editora Dom Quixote. Título Original: Stenhuggarenn (2005).
Colecção Literatura Policial, Editora Dom Quixote. Título Original: Stenhuggarenn (2005).
4 – Ave de Mau Agoiro (2011)
Colecção Literatura Policial, Editora Dom Quixote. Título Original: Olycksfageln (2006).
Colecção Literatura Policial, Editora Dom Quixote. Título Original: Olycksfageln (2006).
5 – Diários Secretos (2012)
Colecção Literatura Policial, Editora Dom Quixote. Título Original: Tyskungen (2007).
7 - A Ilha dos Espíritos (2014)
Colecção Literatura Policial, Editora Dom Quixote. Título Original: Tyskungen (2007).
6 - A Sombra da Sereia (2013)
Colecção Literatura Policial, Editora Dom Quixote. Título Original: Sjöjungfrun (2008).7 - A Ilha dos Espíritos (2014)
Colecção Literatura Policial, Editora Dom Quixote. Título Original: Fyrvaktaren (2009).
8 - O Olhar dos Inocentes (2015)
Colecção Literatura Policial, Editora Dom Quixote. Título Original: Änglamakerskan (2011).
Etiquetas:
Camilla Läckberg,
Livros - Novidades
28 de maio de 2016
3º EPISÓDIO - O RETIRO DO QUEBRA BILHAS de A. RAPOSO
Fado do Cacilheiro
Um banco de jardim pode ser o começo de uma bela relação. O Alferes Sesinando esparramado no banco de tiras de madeira olhava embevecido Milú e seu canito Lanudo.
Pelo canto do olho fazia-lhes o retrato. Media a cena e com
voz melosa para boi dormir tentou uma aproximação já mais que vista, mas de
resultados certos e garantidos.
− Desculpe o
meu atrevimento mas a menina Milú por acaso não mora no Bairro de Alvalade? É que
a sua cara não me é estranha…
− Não, enganou-se.
Moro na Avenida de Roma, ali ao pé do Hospital dos Malucos, o Júlio de Matos.
Conhece?
Hospital Júlio de Matos Fonte: Blogue Restos de Colecção |
− Mesmo
agora passei por lá, vim a pé desde o Martim Moniz, para ver como Lisboa já
mudou neste 3 anos que estive fora na guerra em Angola. É uma zona muito chique!
− Lá isso é
verdade! Só mora ali gente boa e simpática. Eu vivo com um construtor civil, um
homem já de uma certa idade e que anda sempre por fora. Agora está em Cabo
Verde a construir um “resort” de luxo. Só cá vem de dois em dois meses. Eu
tenho a companhia do Lanudo. Vivo muito só!
− Está como
eu. Não se queixe. A vida é assim. Mas agora me lembrei…eu ainda não me
apresentei. Sou o Alferes Sesinando. Cheguei ontem no navio Niassa. Ando a ver
se localizo o Retiro do Quebra Bilhas. Disseram-me que fazem lá umas iscas como
não há outro restaurante em Lisboa. A menina conhece?
− Se conheço
o Quebra Bilhas? Conheço lá eu outra coisa! Até já lá cantei!...
Quebra Bilhas em 2016. Foto de Onaírda |
− Não me
diga. Então está já convidada para lá irmos almoçar. Mas ainda é tão cedo, a
menina já andou aqui no lago nos barquinhos? É aqui tão perto. Mesmo ao lado.
Podíamos dar ali um passeio. Eu remava e a menina pegava no Lanudo
− Nem
pensar. Tenho um medo do mar e depois nem sei nadar…
− Lá por
isso não seja obstáculo. Acontece que o lago tem água mas dá-lhe pelos joelhos,
ninguém lá morreu afogada.
−Ah. Julgava
que fosse mais fundo. Nunca lá fui. Barco para mim só o cacilheiro.
Lisboa – Cova do Vapor. Praia. Sol. Calor. Verão.
− Bem então
vamos dar uma voltinha e eu canto-lhe o Fado do Cacilheiro enquanto remo. Era
romântico não acha?
Milú pensou um pouco e depois cedeu. Estava danadinha para
dar uma voltinha acompanhada do simpático Alferes. Depois, ele cheirava tão
bem. Ou seriam as flores do jardim? Ali ao lado havia um roseiral.
O encarregado dos botes indicou um azul celeste e lá entrou
o alferes que deu a mão à Milú que apertava assustada o Lanzudo contra o peito.
Com duas remadas fortes do alferes o bote seguiu o seu
caminho e Milú sorriu encantada. Nunca fora no bote. Era a primeira vez! E
estava a gostar.
Fonte: Portugal em Postais Antigos |
Sesinando começou a trautear o velho fado do Cacilheiro. Um
êxito revisteiro.
Video: Zé Cacilheiro (José Viana)
O céu estava azul e fazia calor. A primavera já ia longe e o mês de Junho começava a aquecer o ambiente.
Milú encantada deu folga à trela e o Lanzudo vendo o espelho
de água enervou-se. Começou a rabiar e saltou para a água. Milú tentou
apanhá-lo e desequilibrou o barco que perigosamente balançou. O Alferes
Sesinando tentou agarrar a Milú e o barco balançou ainda mais bruscamente. Em
dois segundos todos estavam a boiar no lago.
Era o fim da picada!
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