Nota:
Este episódio final está relacionado com o 8º Episódio (Clicar) e com 9º Episódio (Clicar)
Da direção do Lar do Sagrado
Coração de Jesus da Nazaré recebemos uma carta de um seu utente acabado de
falecer, com a indicação de ser dirigida, após a sua morte, ao blogue
Policiário de Bolso.
Eis o texto:
Encontro-me só no mundo e sem
ninguém. A minha saúde está por um fio pois a idade não perdoa e já vou perto
da centena de anos. Tenho vindo a seguir com interesse e recordando com saudade
os diferentes episódios contados pelo historiador A. Raposo de forma escorreita e
verdadeira. Para ele os meus respeitos.
O homem sabe do que fala e sei
que recolheu informações de forma a contar as histórias tal qual elas se
passaram.
Acontece que guardei
religiosamente segredo de um facto que aconteceu por alturas em que fui mais a viúva
Teresinha apanhado em flagrante pelo Raul das Solas e Cabedais.
Nessa altura e uma vez que fui
ameaçado pela sovela do Raúl, saí de rabinho entre as pernas e salvei as minhas
vergonhas da degola e a viúva do falatório.
O caso acabou em bem e o Raul ficou
satisfeito e acabou no mês seguinte por casar com a Teresinha. Eu na altura
vivia com a minha mulher e não podia fazer ondas…
Porém, eu sabia que ela já estava
a faltar-lhe as regras há 1 mês e o casamento veio a tempo de salvar o
escândalo.
Acontece que a filha da Teresinha
(que emigrou depois para a Austrália e de quem nunca mais soube nada) era
afinal minha filha e tu Ana Teresa és minha neta.
Que Deus te proteja. Afinal a
geração do cabo Jeremias não acabou – não tivemos filhos com a minha já falecida
esposa e como prova do meu amor deixo-te em testamento o prédio onde estou a
gozar os últimos dias da minha existência.
Assina
Cabo Jeremias